Didáticas de ensino-Inclusão
“Ao professor cabe ensinar.”
A construção de uma sociedade democrática e igualitária é vista como condição para a superação do atraso e da miséria social, e reafirma-se como um compromisso prioritário na extensa agenda das transformações urgentes e necessárias para o pleno exercício da cidadania em nosso país. Esta construção pressupõe, na essência, o reconhecimento das diferenças e o direito a elas, a distribuição dos benefícios do desenvolvimento material e a conquista de padrões de qualidade de vida compatíveis com as necessidades humanas atuais (SANTOS JR., 2003, p. 289
A Inclusão se contrapõe à exclusão social. O conceito de inclusão é complexo e somente pode existir com sucesso se for absorvido e trabalhado por toda a sociedade em conjunto, não apenas uma parte dela, por isso foi trazido para dentro da escola. Esta perspectiva exige o crescimento humano e pessoal, no qual atitudes como tolerância, solidariedade e cooperação perdem seu estigma e tornam-se parte da vida diária, sem serem carregados de aspectos como caridade, justiça ou religiosidade. É um processo gradativo (GOTTI, 2001)
Um mundo inclusivo (CARVALHO, 2001) é um mundo no qual todos têm acesso às oportunidades de ser e de estar na sociedade, em que a relação entre acesso às oportunidades e as características individuais não são marcadas por interesses econômicos ou por caridade pública.
Tais necessidades específicas dos alunos poderão emergir e ser conhecidas se for permitida a sua participação no processo de construção da metodologia e do ferramental educacional praticados dentro da sala de aula. Desta forma, é necessário uma prática pedagógica que respeite o princípio da participação de todos na construção do conhecimento e esteja de acordo com “os quatro pilares para educação do século XXI pospostos pela UNESCO: aprender a aprender; aprender a fazer; aprender a ser e aprender a viver junto” (CARVALHO, 2004, p.28). Acredita-se que vivendo em um processo participativo diário, no qual ocorra a troca entre os envolvidos e exista uma empatia entre as partes, os alunos, com ou sem deficiências, irão descobrir suas potencialidades e sua própria maneira de estabelecer contatos com a vida cotidiana, educacional e social. Uma modalidade de educação centrada nas necessidades dos alunos.
A escola, por sua vez, deve, de forma criativa e flexível, prover adaptações que permitam o desenvolvimento pleno das capacidades de todos os alunos, sejam estas pedagógicas, no ambiente físico ou no âmbito psicológico. Enfatizando, assim, o colocado por Schwartzman (2003), como o aspecto fundamental da inclusão: propiciar ao aluno as melhores possibilidades de, respeitadas suas dificuldades, conviver e aprender da melhor forma possível.
Sabe-se que uma escola inclusiva não requer apenas a realização de algumas modificações na estrutura física para que os alunos com restrições consigam chegar até a sala de aula ou transformações no modo de funcionamento da organização escolar criando novas formas de se ensinar (FALVEZ, 2000; GIANGRECO, 2000; PEARPOINT, 2000; MITTLER, 2001). Também não se resolve a questão contratando profissionais especializados que operam em salas de apoio onde os alunos que, por razões diversas, apresentem dificuldades de cognição possam ter aulas de reforço.
A sugestão nesse caso é entender que o aluno apesar de suas limitações é um ser como outro qualquer, que tem também suas facilidades.
Examinar essas facilidades, procurar pontos fortes onde possa brotar a identidade do aluno para com a turma e para com o professor. Nesses casos (não somente nesses casos) é importante a observação das qualidades e das afinidades para que possam ser estimuladas e com esse estimulo a auto-estima seja revigorada.
Ás vezes é importante esquecer as deficiências e focar mais nas eficiências.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
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