domingo, 20 de julho de 2008

LEITURA, CULTURA, ESCOLA E MUNDO

Desde muito pequenos começamos a interpretar o mundo no qual vivemos. Com as palavras faladas nominamos tudo à nossa volta, aprendemos a identificar e expressar as emoções. A todo instante uma gama de informações nos é trazida e para que possamos decodificá-las institucionalizamos códigos. A escola nos ensina os códigos escritos e nos permite adentrar no mundo letrado. Através destes códigos que nos são dados primeiramente pela família e depois pela escola e sociedade recohecemos o mundo que nos rodeia.
Uma gama de informações nos é dada e é com essas informações que lemos o mundo a nossa volta.
Quanto mais vasta for nossas informações maiores as possibilidades de interpretar o mundo, assim são feitas maiores conexões entre o novo aprendizado e as informações retidas na mente.
Discute-se muito hoje a respeito do pouco conhecimento acadêmico dos estudantes da classe média baixa e baixa. Mas há necessidade de perguntarmos o porquê dessa situação. Para a resposta precisa é necessário que nos remetemos a história da educação em nosso país. Na verdade essa história vem sempre atrelado a história da política e da economia. Sempre foi designado ao povo aquilo que era necessário primeiramente ao poder, assim a educação permaneceu amarrada a fatores políticos e economicos e não ao desenvolvimento humano.
Partindo deste pressuposto passamos a identificar o problema. O problema não esta no sujeito, mas na forma com que o sujeito vem sendo tratado pelo estado. Só que , nós professores, desprezamos esse fato e culpamos o indivíduo que esta dentro da sala de aula pela sua falta de cultura, pela sua falta de educação, sem percebermos que até esse fato da culpabilidade nos foi indicado. "Ler pode tornar o homem perigosamente humano."
Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?

Nenhum comentário: